AURORA BOREAL
Iluminadas pelo farol da ilha vejo ondas desfazerem-se de encontro ás rochas. Vejo gaivotas a voar entre as copas das palmeiras, que parecem murmurar canções do mar. Vejo nuvens luminosas, douradas e brancas, com longas caudas que iluminam os cumes das montanhas deste bocado de terra.
A noite vista do ponto mais alto desta ilha tem um sabor formidável. Mas a luz daquelas nuvens... essa luz... essa tem sabor amargo. Tem sabor dos reflexos de bater de asas de um cisne encurralado no gelo polar, tentando desesperadamente libertar-se.
(Amanha se o sol nascer em tons de vermelho é sinal que se derramou sangue durante a noite).
O ambiente idílico e de genuíno prazer... esse... esse permanece imutável.
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