FLY ME
Faz-me voar...
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Do meio do escuro surgiu a claridade, a iluminação, o brilho.
Se o ser humano não desperdiçasse o seu tempo, o amor seria desnecessário, pois nada haveria para recordar, redimir ou remediar. Assim sem crença nem fim, as gotas da memória roubadas a uma noite intacta, são confrontadas com uma sucessão de imagens que representam manifestações físicas, como se fossem o ultimo sopro de vida.
Rebentam as chagas de um coração.
Noite de Verão com cenário agradável, simples e mágico. Fazer desta noite um encontro de Sombras, que não se encontre igual em passado, presente ou futuro. Roubar beijos e entregar corpos. Perder a lucidez e amar objectos... e só objectos. Planear traições, e de seguida, sorrir e sair de cabeça erguida, esboçando gestos de civilizada paixão, de verdadeiros cavalheirismos... mas sempre com a incomodativa impressão de sujidade interior.
Tomo banho, como qualquer coisa, preparo uma mochila e saio a correr, com a adrenalina a esvair-se a cada gesto meu. O destino? Não sei. Não quero saber até lá chegar. Não interessa. A simples vontade de viajar permite-me este desvario.
Ergue-lhe a saia o renegado amante,