quarta-feira, setembro 29, 2004

FILHOS? SE OS QUERO TER? SÓ SE FOREM RUIVOS...

Em tudo busco alguma crença, de certa forma, para me certificar que hoje ninguém, lá fora, chora.
Tento descobrir a cor desta mágoa inodora. O céu leve por cima de mim e o tempo... o tempo incómodo no pulso ou no coração a bater... eu que não uso relógio, só poderá ser do coração a bater, incómodo e persistente. Esta dor sem cheiro. Desconfortável. Dentro de mim. A cura? Está a 1200 km daqui.
Relembro instantes de plena felicidade. Premedito antes de realizar mentalmente, nesta noite quente, a razão de todos os momentos passados a 10500 km desta cadeira. Relembro-te a ti, essência intocada, de charme intemporal. Relembro que aqui está a verdade de um amor, na palma da nossa mão e que será um vício até depois da morte.

Não tenho filhos, porém desde que te conheci dou por mim, a dobrar os braços, ás escondidas, embalando o vazio.
Filhos? Se os quero ter? Só se forem ruivos....

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